Canchas de Bocha Orlando Prezotto são revitalizadas e recebem placa com biografia do homenageado
Equipamento localizado na Área de Lazer João Ferreira recebeu melhorias
O prefeito Rômulo Rippa fez a entrega oficial das obras de revitalização das Canchas de Bocha Orlando Prezotto na tarde de terça-feira (02/07), no equipamento que está localizando na Área de Lazer João Ferreira.
Um ato solene marcou a entrega da obra e contou também com a presença do secretário de Esportes e Lazer da Prefeitura, Ralf Buriti, servidores da pasta e familiares de Orlando Prezotto.
As canchas de bocha necessitavam de diversas melhorias e reparos, que foram executados nos últimos meses. Além disso, como é praxe na atual Administração Municipal, também recebeu uma placa de metal em que está gravada uma biografia do homenageado.
O equipamento foi inaugurado em março de 2011, no segundo mandato do prefeito Dr. Maurício Sponton Rasi.
Orlando Prezotto
Natural de Porto Ferreira, nasceu em 7 de setembro de 1921. Filho de Luiz Prezotto e Thomazia Colina Prezotto, neto de imigrantes italianos que fizeram sua história na Fazenda Santa Mariana, neste município, onde morou e cursou os primeiros anos do antigo Grupo Escolar.
Aos 14 anos, já adolescente, foi morar em São Paulo com os proprietários da fazenda, Dr. Décio e dona Urbaninha Cintra Vieira Palma. Em seu novo lar, ele desempenhou a função de ajudante de copa e cozinha, o que contribuiu para despertar o interesse pela culinária e se tornar mais tarde um excelente mestre. Dando continuidade em seus estudos, terminou o Clássico (atual Ensino Médio) e cursou Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Graça Aranha, em São Paulo.
Em 1945, já com diploma de contador e pronto para o mercado de trabalho, foi convidado para ser funcionário do Banco Moreira Salles, mas Dr. Décio Vieira Palma sugeriu que ele voltasse para Porto Ferreira junto de sua família e o ajudasse na fazenda.
Aos poucos foi conhecendo as atividades rurais e desempenhando cada vez mais um trabalho brilhante como guarda-livros (contador), chegando a administrador da fazenda. Também era o enfermeiro, o capelão (que rezava terços), o cozinheiro, fazendo bolos e salgados para casamentos do pessoal da fazenda e região. Era conhecido como pegador de cobras, para mandar para o Instituto Butantã em São Paulo, para trocar por soro antiofídico. Ainda, tinha uma função muito árdua, mas importante, pois desempenhava a função de guarda caça (guarda florestal), fiscalizando e patrulhando as matas da fazenda, contra caçadores que faziam suas armadilhas, cevas para capturar animais, inclusive na Mata Procópio, que na época pertencia à Fazenda Santa Mariana.
Em 1947, casou-se com Anna Barboza Prezotto. Dessa união teve cinco filhos: Ana Maria, casada com Valter Pissinatti; Orlando Filho, casado com Maria José dos Santos; Vera Lúcia; Sérgio; e, David, casado com Lúcia Helena Destéfano.
Em 1966, ficou viúvo e desempenhou um papel muito importante na vida de seus filhos, pois acabou sendo pai e mãe ao mesmo tempo, dos seus filhos ainda pequenos.
Em 1968, casou-se com Ermelinda Cortez, que veio a falecer em 1970. Casou-se novamente em 1972, pela terceira núpcias, com Reni Prudêncio, com quem viveu até o fim de sua vida. Dessas duas últimas uniões não teve filhos.
Em 10 de outubro de 1976 deixou de ser administrador da Fazenda Santa Mariana e veio a morar na cidade. Aqui em Porto Ferreira trabalhou na antiga Vidraria Porto Ferreira, Vidroporto, e descaroçador da Fiação Amélia, onde conseguiu se aposentar.
Sempre trabalhou nas quermesses das igrejas e almoços das entidades beneficentes. Gostava muito de pescar no Mato Grosso com seus amigos, sempre como cozinheiro, que era sua especialidade.
Estando aposentado, gostava de fazer seu doce de leite, que se tornou tradicional na cidade, e frequentar o bar Alvorada. Apreciava jogos de bocha, local onde esteve poucas horas antes de falecer.
Faleceu no dia 7 de março de 2010, aos 88 anos de idade, deixando esposa, cinco filhos, dez netos e sete bisnetos.
Assessoria de Comunicação, Cerimonial e Eventos